Um relatório da Comissão Europeia concluiu que os futuros acordos de comércio celebrados entre a União Europeia e outros países «não afectarão muito» os hortofrutícolas europeus. O documento foi apresentado no Parlamento Europeu, em Novembro de 2016.
O estudo, sobre o “Impacto económico cumulativo dos futuros acordos de comércio para a agricultura na União Europeia”, foca-se em 12 acordos que ainda não foram implementados. Nomeadamente, com o Canadá, Vietname, Estados Unidos da América, Mercosul, Japão, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Turquia e México.
Existem duas razões que justificam o baixo impacto destes acordos no sector hortofrutícola. No que diz respeito às importações, «as taxas aduaneiras impostas às importações provenientes dos potenciais parceiros já são bastante baixas. Por conseguinte, a liberalização do comércio não tem qualquer impacto directo significativo», explica o documento.
Quanto às exportações, «o comércio entre a União Europeia [UE] e estes países caracteriza-se por tarifas baixas e baixo volume. O principal destino das exportações da UE são os países da Europa e da região do Médio Oriente e Norte da África, enquanto a percentagem de vendas para estas regiões é de apenas 10%».
«Globalmente, a balança comercial com estes países deteriora-se em menos de 200 milhões de euros, sendo o Mercosul o parceiro que mais beneficia com o acordo».