Na Rua Garrett, em Lisboa, no final da tarde de dia 20 de Maio estendeu-se um tapete de cerejas. O pequeno fruto vermelho, que está a começar a ser colhido na região do Fundão, invadiu a capital em fresco e confeccionado de diferentes formas. O presidente da autarquia beirã, Paulo Fernandes, está optimista face à campanha deste ano. «Esperamos uma colheita semelhante à de anos anteriores, ou seja, 6.000 toneladas de cereja.»
O produto agrícola é hoje uma riqueza considerável para o concelho que dele faz pastel, bombons, lingotes, gelado, chá e muitas outras iguarias. A aposta é grande tornando a cereja num atractivo turístico que leva milhares de pessoas à região pela paisagem, pela gastronomia e pela experiência de colher a cereja na sua árvore.
Tudo somado, a cereja representa na economia do concelho do Fundão 20 milhões de euros anuais e, na fase de campanha, dá emprego a 2000 pessoas. Paulo Fernandes destaca que trabalham para que haja um comércio justo da cereja para que o produtor tenha lucro. «No ano passado o preço médio pago ao produtor foi de dois euros», afirmou.
A cereja do Fundão vai invadir Lisboa, sendo confeccionada por diversos Chefes de cozinha nos seus restaurantes, vai estar a ser vendida em fresco em algumas praias e Lisboa, Cascais e Algarve, assim como é a protagonista entre 12 e 14 de Junho de uma festa em Alcongosta.
«A nossa ideia é termos cereja o ano inteiro, cereja nas suas diferentes formas e aplicações e nesse sentido esta é uma grande aposta, sempre com a preocupação de nos associarmos a produtos e marcas que são muito fortes e que já sejam conectados com grande qualidade, excelência e com aquilo que possa ser do melhor que se produz», especificou Paulo Fernandes.
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