A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informa no Ofício Circular N.º1/DSSV/2017 que «os serviços oficiais espanhóis notificaram, no final de Dezembro de 2016, a presença de Candidatus Liberibacter solanacearum em batata na região da Cantábria [em Espanha]». A bactéria, assinalada no continente americano e Nova Zelândia, afecta culturas solanáceas, como batata e tomate. Na Europa, já era conhecida em países como Finlândia, Noruega, Espanha e Suécia, em culturas como cenoura e aipo e transmitida por outros psilídeos, nomeadamente Bactericera trigonica e Trioza apicalis.
A DGAV esclarece que «a presença [desta bactéria] na cultura da batata representa um risco suplementar de entrada da doença no nosso território, quer através de tubérculos infectados, quer de insectos contaminados. Face a este risco, e à importância de detecção numa fase precoce da sua introdução, será estabelecido no presente ano um programa de prospecção oficial em todo o território nacional».
«Os tubérculos de batata infectados apresentam no seu interior manchas raiadas que, quando se procede à sua fritura, tornam-se mais pronunciadas, sendo a doença por este facto denominada de “Zebra Chip”», lê-se no documento da DGAV.
O Ofício Circular termina com um apelo a que quem suspeitar da existência desta bactéria no seu terreno o comunique junto da Direcção Regional de Agricultura e Pescas da sua região.
FOTO: EPPO Global Database