A organização, que representa os agricultores e cooperativas agrícolas europeias, antecipou-se ao início da campanha de importação de citrinos da África do Sul e alertou a Comissão Europeia para a propagação da mancha negra na União Europeia (UE) – doença que, por enquanto, ainda não atingiu os países europeus.
A sugestão da organização é que a UE aplique mais controlo fitossanitário nos portos de entrada dos frutos, principalmente Reino Unido e Holanda. Para além disso, a COPA-COGECA entende que deve ser introduzido um artigo na lei europeia que permita o encerramento de fronteiras a importações sempre que estas representem um risco elevado.
Numa carta dirigida à Comissão da Saúde e Segurança Alimentar, o secretário-geral da COPA COGECA, Pekka Pesonen, sublinhou a importância dos citrinos para a economia, principalmente das zonas rurais, dos Estados-membros da UE. Pekka Pesonen reiterou que «o impacto [do surgimento da doença] seria catastrófico para os produtores de citrinos europeus, particularmente dos países do sul que já têm sido atingidos severamente pela crise económica».
A doença, causada pelo fungo Guignardia citricarpa, provoca o aparecimento de manchas pretas nos citrinos, principalmente limões. Foi detectada em 1985 na Austrália e está presente no Brasil, Hong Kong, China, Indonésia, Venezuela, entre outros países.