A Herdade Torre das Figueiras, em Monforte, acolheu a 17 de Junho a segunda acção de divulgação e transferência de conhecimento dedicada ao tema “Formas de Condução em amendoeiras em sistema superintensivo”. Esta acção visou divulgar os resultados obtidos no âmbito de um protocolo de colaboração técnico-científico, estabelecido em Julho de 2017, entre a Torre das Figueiras Sociedade Agrícola Lda. e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária – Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade (INIAV/ENFVN).
O protocolo tem como objectivo levar a cabo «várias acções de experimentação e investigação, nomeadamente o estudo de sistemas de condução em amendoeiras em sistema superintensivo que permitam a mecanização da poda e colheita com o mínimo de perda de produção», explica um comunicado do INIAV. A acção contou com cerca de 20 participantes, entre técnicos de organizações de produtores e empresas, fruticultores, representantes de empresas comerciais e outros profissionais do sector.
Após a sessão de boas-vindas – a cargo de João Lima, vogal do Conselho Directivo do INIAV, e José Maria Falcão, sócio-gerente da Torre das Figueiras Sociedade Agrícola Lda. –, decorreu a visita aos ensaios com os três sistemas de condução implementados nas cultivares ‘Soleta’ e ‘Lauranne’. José Manuel Reis (técnico da Torre das Figueiras) apresentou as técnicas culturais realizadas desde a preparação do solo para a implantação do pomar (2016) até ao presente e Rui de Sousa (coordenador da ENFVN/INIAV) apresentou os procedimentos seguidos para a formação dos três sistemas de condução – eixo central revestido, palmeta com três eixos e o sistema do produtor –, bem como as diferenças no tipo e épocas de poda entre os sistemas em estudo.
Filipa Queirós apresentou os resultados relativos área secção do tronco, peso da lenha da poda, produção em casca e produção em miolo, bem como os parâmetros biométricos dos frutos. Segundo a investigadora do INIAV/ENFVN, em relação à cultivar ‘Lauranne’, o sistema em palmeta com três eixos tem-se revelado mais produtivo e com maior rendimento em miolo e o mesmo parece verificar-se na cultivar ‘Soleta’.
A acção contemplou ainda a visita aos ensaios com duas formas de condução nas cultivares ‘Belona’, ‘Guara’ e ‘Soleta’. José Manuel Reis indicou as técnicas culturais realizadas desde a preparação do solo para a implantação do pomar (2014) até ao presente, Rui de Sousa referiu as intervenções de poda que foram executadas desde Setembro de 2017 até ao presente e Filipa Queirós apresentou os resultados obtidos até à data.
