A tecnologia SmartFresh já é conhecida dos produtores de pêra e maçã, mas mesmo assim foi motivo de reunião no passado dia 21 de Julho, nas Caldas da Rainha. Els Craenen, do marketing da AgroFresh, empresa que desenvolveu esta tecnologia de pós-colheita, e a Selectis, SA – Produtos para a Agricultura – representante do SmartFresh em Portugal – explicam que o objectivo desta tecnologia é «reduzir o desperdício, mantendo a textura, firmeza, sabor e aparência da fruta».
Este objectivo é alcançado através de uma inactivação dos receptores de etileno. Cláudia Neto, da Selectis, explicou que o SmartFresh tem uma «estrutura similar à do etileno» e vai instalar-se nos receptores da fruta para este composto químico, responsável pela maturação da fruta. A gestora do produto, referiu que se trata de um «produto fitossanitário, mas não de um fungicida», sublinhando ainda que «não tem intervalo de segurança e não deixa resíduos».
Após a aplicação na câmara de conservação, o SmartFresh torna o ritmo de maturação da fruta mais lento, mantém a sua qualidade durante mais tempo, melhora os métodos de conservação, entre outras características.
Esta tecnologia desenvolvida pela AgroFresh está homologada para a pêra Rocha e diversas variedades de maçã, e controla «em frio normal e atmosfera controlada, o escaldão superficial, mantém a firmeza, permite uma conservação mais longa, mantém a coloração e diminui os danos por manipulação».
A AgroFresh é uma indústria criada em 1999 dedicada a soluções para hortofruticultura, tendo apresentado nesta reunião, e noutra semelhante que decorreu em Armamar no dia anterior, novas soluções para aumentar valor e reduzir as perdas no sector das frutas e legumes.