Equipa do Instituto Politécnico de Bragança vence 24H Agricultura Syngenta

A sexta edição das 24H Agricultura Syngenta, competição formativa que teve lugar nos dias 1 e 2 de Abril, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança (ESA-IPB), foi vencida por uma equipa de estudantes da escola anfitriã. Em segundo lugar ficou uma equipa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o terceiro lugar foi para uma equipa da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu (ESA-IPV).

Lançada em 2016 pela Associação Portuguesa de Horticultura (APH), a iniciativa 24H Agricultura Syngenta é realizada em parceria com a IAAS Portugal – Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas e com a empresa SFORI. Esta edição do evento foi subordinada ao tema “Agricultura regenerativa” e contou com a participação de cerca de 100 estudantes, provenientes de 11 instituições de ensino de ciências agrárias do país: ESA-IPB, ESA-IPV, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra, UTAD, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e quatro escolas profissionais agrícolas (Baixo Mondego, Vagos, Fermil e Carvalhais).

Durante 24 horas consecutivas, os estudantes realizaram 33 provas, de campo e teóricas, trabalhando competências comportamentais – como gestão de tempo, trabalho em equipa, negociação, criatividade, entre outras – e competências técnicas de gestão agrícola. As provas técnicas foram organizadas em torno dos cinco pilares da agricultura regenerativa: cobertura vegetal permanente do solo; diversificação, consociação e rotação de culturas; aplicação precisa de factores de produção; distúrbio mínimo do solo; integração de animais no sistema agrícola.

Para introduzir o tema da evento, Carlos Aguiar apresentou um caso prático de agricultura regenerativa em Trás-os-Montes e Alto Douro, o projecto Life Maronesa. As provas foram definidas pela organização e pelos patrocinadores:

  • conduzir tractores John Deere e calibrar equipamentos da marca Pulverizadores Rocha, usando o equipamento Caliset da Syngenta;
  • identificar componentes de tractores e de motores em modelos didácticos e também num tractor John Deere série 6M (prova proposta pelo fabricante e pelo seu representante local, a empresa Afonso & Irmãos Lda);
  • uma prova sobre o tractor de rastos 8RX (John Deere);
  • uma prova sobre a utilização da armadilha electrónica Trap View para monitorização automática e em tempo real da traça-dos-cachos (Lobesia botrana), através de reconhecimento e contagem automática dos insectos (Syngenta);
  • identificar anomalias simuladas em equipamentos da Pulverizadores Rocha;
  • regular/calibrar um distribuidor de adubo pendular; instalar um sistema de rega com fita gota-a-gota e calcular a duração da rega para determinada dotação de água em couves, plantadas pelos estudantes (Magos Irrigation Systems);
  • conhecimento preciso do solo e monitorização em tempo real do nível de humidade do solo a diversas profundidades (Hubel Engenharia e Sustentabilidade); uso de biofertilizantes à base de um ou vários tipos de microrganismos benéficos – micorrizas (MycoUp), tricodermas (Notaris), Pseudomonas (Natiphos), Methylobacterium (Utrisha N), Azospirillum e Azotobacter (VitaSoil) – (Hubel Verde);
  • utilização das telas de solo ‘Kraft Mulch’ em papel, 100% biodegradáveis, para controlo de infestantes em culturas hortícolas (Cotesi);
  • identificar os substratos e correctivos orgânicos da gama Nutrimais, escolher o produto – substrato ou correctivo – mais adequado ao desenvolvimento de vários materiais de propagação vegetativa e aplicar a respectiva técnica de propagação vegetativa dos materiais identificados (Lipor);
  • um artigo para a revista da APH e um pitch de gestão de crise, ambos sobre o tema Agricultura Regenerativa (APH);
  • uma prova sobre o Município de Bragança;
  • um peddy paper nocturno no campus da Escola Superior Agrária de Bragança (IAAS);
  • provas preparadas por docentes da ESA-IPB (cálculo de serviço animal como redutor de biomassa combustível presente nas regiões de montanha; medidas biométricas e avaliação corporal de ovinos e caprinos de raças autóctones de Trás-os-Montes; identificação de estruturas anatómicas de ruminantes, suínos e aves; técnicas de amostragem de “insectos com pancada”; insectos na ordem; cálculo da adubação da cultura do tomate em modo de produção biológico e montagem de uma colmeia);
  • uma prova sobre ideias de negócio para o sector equestre (Sfora);
  • provas sobre as características do solo e boas práticas a aplicar e ainda sobre a quinta modelo Smart Farm Virtual (Anipla – Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas);
  • sementeira de uma margem multifuncional Operation Pollinator (Syngenta).

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