Covid acelera o desenvolvimento de robôs para colheita

Quando os agricultores do Reino Unido se viram com falta de pessoal devido às restrições com as viagens internacionais na sequência da pandemia de covid-19, o governo lançou uma campanha que pedia aos ingleses que cobrissem esta falta e “Escolhessem o Reino Unido”para trabalhar na terra, noticia a Freshplaza.

Com a campanha de recrutamento a tentar converter os candidatos em trabalhadores agrícolas e com o Brexit a travar o fornecimento de pessoal, os produtores estão cada vez mais a voltar-se para as máquinas de colheita robóticas como uma solução de longo prazo para não passsarem por esta falta de mão-de-obra.

Mas enquanto estes protótipos promissores estão a ser testados, os agricultores ainda precisam de uma força de trabalho confiável na colheita, porque muito do seu capital é investido na terra. «Assim que as suas culturas são plantadas, o dinheiro está no solo e é preciso recuperá-lo. Caso contrário, será um desastre», afirma Simon Pearson, director do Instituto de Tecnologia Agroalimentar da Universidade de Lincoln.

Alguns produtores já estão a mudar as suas práticas de plantação para compensar o risco da falta de mão-de-obra. Pollybell, uma fazenda biológica mista de 5.000 hectares perto de Doncaster, no norte de Inglaterra, parou de produzir brócolos este ano porque não podia garantir que conseguiria recrutar as 50 pessoas necessárias para a colheita. «A solução real (para a escassez de mão-de-obra) passa por projectar sistemas e investir em tecnologia», diz James Brown, director da Pollybell.

Assim, um consórcio do Reino Unido, apoiado por produtores e coordenado pela Universidade de Lincoln, está a desenvolver projectos de robótica e automação num esforço para fazer face a este problema que é cada vez mais transversal a outras geografias.

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