Operação europeia apreende 1.356 t de fitofármacos ilegais

Na quinta edição da Operação Silver Axe, realizada pela Europol – Serviço Europeu de Polícia entre Janeiro e Abril de 2020, foram apreendidas 1.356 toneladas de produtos fitofarmacêuticos ilegais ou contrafeitos – um volume recorde e o dobro do volume apreendido em 2019. Segundo um comunicado da Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas (ANIPLA), entidade que prestou apoio em algumas das operações em território português, esta operação representou um total de 260 investigações abertas, com detenção de dois indivíduos.

No âmbito da operação, as autoridades responsáveis realizaram inspecções nas fronteiras terrestres e marítimas, nos mercados interiores e nas entregas de encomendas, tendo inspeccionado mais de 3.000 toneladas de produtos oriundos de países como Bélgica, França, Alemanha, Polónia, Eslovénia e Suíça. A Operação Silver Axe contou com o apoio e a colaboração de entidades europeias e internacionais como o Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), a Associação Europeia para a Protecção das Plantas (ECPA) e a CropLife Internacional.

O comunicado explica que foram analisados produtos provenientes de 32 países, dos quais 26 eram Estados-membros da União Europeia – Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, República Eslovaca, Roménia. Os restantes seis países envolvidos foram Austrália, Colômbia, Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Ucrânia). Ao todo, esta edição da Operação Silver Axe envolveu mais três países do que na edição anterior.

«É notório o envolvimento e compromisso crescente de todas as entidades, países e parceiros, no combate a uma fraude que tem vindo a crescer, tornando-se num dos negócios criminosos mais lucrativos do mundo. Acima de qualquer preocupação estará sempre a garantia do bem-estar humano e o risco elevado que estas substâncias ilegais representam para a saúde e o ambiente, uma vez que não passam pelos rigorosos testes de segurança que são necessários para colocar produtos fitofarmacêuticos no mercado. É para nós um enorme orgulho fazer parte do combate a este flagelo, e responder positivamente à necessidade de cooperação que existe face à complexidade e escala desta fraude», diz o director executivo da ANIPLA, António Lopes Dias. O comunicado sublinha ainda que a quinta edição desta operação «apreendeu quantidades suficientes para pulverizar 207.000 km2 de terra, o equivalente a todas as terras agrícolas na Alemanha, a quase 75% das terras agrícolas em França e 150% na Roménia, num valor de lucro criminal avaliado em 94 milhões de euros».

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