O volume de vendas de perecíveis no comércio a retalho cresceu 7,9% em 2016. Os dados da Nielsen foram divulgados pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) durante a apresentação do Barómetro de Vendas 2016, a 11 de Abril.
Ana Trigo Morais, presidente da APED, explicou que o fenómeno de crescimento da categoria de perecíveis – e em especial nas frutas e legumes – é o «resultado do investimento que o retalho alimentar tem feito há vários anos nas frutas e legumes». Contudo, a responsável avança que este fenómeno «se estende para lá da apresentação» dos produtos, já que também está ligado aos hábitos de vida saudáveis e a preocupação crescente do consumidor com a alimentação.
Esta tendência, reflecte-se também noutro tipo de alimentos considerados saudáveis, nomeadamente os produtos de origem biológica. O fenómeno «tenderá a aumentar com o surgimento do consumo das gerações vindouras», mais preocupadas com a manutenção de hábitos de vida saudáveis.
Retalho alimentar cresce 3,6%
De acordo com os dados apresentados por Ana Trigo Morais, o retalho alimentar também apresentou uma tendência de crescimento (3,6%), o que corresponde a um volume de vendas de 11.658 milhões de euros.
Além dos perecíveis, os congelados também apresentaram um crescimento de 5% em relação a 2015. A responsável destacou ainda o desempenho positivo da categoria dos lacticínios (0,1%), que não crescia há quatro anos. «Era bom que esta tendência viesse a significar o aumento do consumo de produtos lácteos [no futuro].»
O aumento da confiança dos consumidores, que cresceu especialmente no segundo semestre de 2016, foi um dos factores que levou ao crescimento do volume de vendas no retalho.