Em 2015, os 363 Pontos de Retoma Valorfito existentes em Portugal retomaram um total de 389,2 toneladas de embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos, mais 30,9% face às 297,4 toneladas retomadas no ano anterior. O Valorfito prevê que a taxa de retoma, relativamente à quantidade de embalagens colocadas no mercado, possa atingir em 2015 um valor máximo de 50%.
Os responsáveis do Valorfito salientam estes «resultados históricos», num ano em que o sistema celebra os seus dez anos de actividade. Segundo António Lopes Dias, director-geral do Valorfito, «em 2016 contam-se 10 anos desde que a Sigeru, Lda. obteve a sua licença, mas a iniciativa começou uns anos antes, quando lançámos os primeiros projectos-piloto para a recolha de embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos». «Estas embalagens nunca tinham tido recolha e tratamento dedicados. A sua classificação como resíduo perigoso veio agravar ainda mais a situação criando um sério problema, sobretudo aos agricultores. O Valorfito veio trazer a solução, permitindo aos produtores dar o destino correcto a estes resíduos, de uma forma fácil, cómoda e, acima de tudo, gratuita. Chegar ao fim de dez anos com uma eficácia de 50% é um óptimo resultado, mas também nos leva a sentir a responsabilidade, não só na tarefa de recolher os restantes 50%, como em ir mais além no nosso contributo para uma agricultura de sucesso.»
O Valorfito é gerido pela Sigeru (Sistema integrado de gestão de embalagens e resíduos em agricultura). A Sigeru tem dois sócios: Anipla (Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas – que representa as empresas que desenvolvem e comercializam produtos fitofarmacêuticos utilizados na agricultura) e Groquifar (Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos – que agrega grossistas de produtos químicos e farmacêuticos, ao nível nacional), com uma participação de 87,5% e 12,5%, respectivamente.