A Quercus pediu ao Governo português para votar favoravelmente a alteração da legislação europeia que visa reduzir os níveis de cádmio nos fertilizantes agrícolas, por considerar tratar-se de um metal pesado prejudicial à saúde.
Recorde-se que Portugal está entre os seis Estados-membros que estão contra esta mudança legislativa e a associação ambientalista veio agora pedir que essa posição seja reconsiderada, por as considerarem «infundamentada».
Sobre os perigos do cádmio, a mesma responsável lembra que vários estudos da Organização Mundial de Saúde e da Agência Europeia de Segurança Alimentar provam que esta substância «é um metal pesado e é cancerígeno», chegando aos consumidores através dos alimentos.
A posição de Portugal baseia-se no argumento de que com as alterações propostas, a Europa iria ficar dependente da compra de fosfatos à Rússia, mas a Quercus defende que isso não é verdade uma vez que países como Jordânia, Rússia, Israel ou África do Sul têm fosfato com «níveis reduzidos ou mesmo isentos de cádmio».
Portugal também havia defendido que os níveis de cádmio nos solos portugueses são reduzidos, mas a associação recorda que não consumimos apenas produtos nacionais.
A proposta da UE vai estar em votação em Outubro. Até esta hora, o Governo ainda não tinha reagido ao apelo da Quercus.