Comunicação, parcerias e transformação. Foram alguns dos “ingredientes” identificados pelos oradores convidados para as Jornadas Técnicas da pêra Rocha, que decorreram no Bombarral, a 4 de Agosto.
Gonçalo Santos, da Portugal Fresh, sublinhou a importância de projectos como o Fresh Fusion, um agrupamento complementar de empresas, composto por 15 produtores de pêra Rocha, que se uniram, em 2014, para enviar o fruto para algumas lojas do Lidl, na Alemanha. O projecto começou com o envio de 2.400 toneladas (t). Na campanha de 2016/2017, serão enviadas entre 8.000t e 10.0000t.
Em termos da comunicação, Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente (CPC), referiu que, «sem comunicar não existimos», pelo que tem planos para trabalhar esta área. As compras de pêra Rocha têm vindo a aumentar para o Clube, tendo duplicado em quantidade entre 2013/2014 e 2014/2015.
No que respeita à transformação, Pedro Azevedo, responsável de Vendas da Frulact, lembrou alguns projectos da empresa ao nível da transformação da pêra Rocha. Para o responsável, são projectos que «criam sinergias em toda a cadeia de valor, criam mais valor acrescentado e valorizam as variedades específicas». Mas alertou que é preciso «haver escala e competitividade».
Apesar das oportunidades, existem alguns desafios, nomeadamente ao nível da satisfação de todos os mercados. Gonçalo Santos Andrade relembrou que a decisão sobre «que mercados privilegiar, não defraudando os que se vão abrindo» é um desafio.
A responsável do CPC revelou estar preocupada com o teor de açúcar da pêra Rocha e revelou que a criação de uma gama da fruta “pronta a comer” pode estar para breve.
Aristides Sécio, presidente da Associação Nacional de Produtores de pêra Rocha e moderador da conversa, chamou a atenção para a importância do mercado nacional que é «o principal consumidor e tem de se saber servi-lo».