O alerta é dado pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro), através de um edital, dando conta da obrigatoriedade de poda e tratamento de citrinos infestados com a psila africana dos citrinos, ou citrus greening.
Assim, ficam notificados todos os proprietários, usufrutuários, possuidores, detentores ou rendeiros de quaisquer parcelas de prédios rústicos ou urbanos, incluindo logradouros, com citrinos (limoeiro, limeira, laranjeira doce e azeda, tangerineira, toranjeira e cumquates), localizados nas freguesias dos concelhos de Estarreja, Aveiro, Ílhavo, Vagos e Anadia, para a obrigatoriedade do cumprimento de medidas de protecção fitossanitária.
São elas: «Podar todos os ramos com sintomas, destruindo os detritos vegetais pelo fogo ou enterramento no local. Realizar tratamentos suplementares nessas árvores e zonas circundantes com produtos fitofarmacêuticos insecticidas autorizados (substâncias activas tiametoxame ou imidaclopride); é proibido o movimento de qualquer vegetal ou parte de vegetal de citrinos – ramos, folhas, pedúnculos (excepto frutos) desse local e zona circundante até a praga ser dada oficialmente como erradicada do local; e, por último, caso sejam observados sintomas em plantas de citrinos deverão contactar imediatamente a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro.»
O mesmo edital esclarece que a psila africana dos citrinos é um insecto considerado de quarentena para os citrinos e outros hospedeiros pertencentes à família das rutáceas, provocando estragos muito graves.
Este insecto é vector da bactéria causadora da forma africana da doença conhecida como citrus greening, uma das doenças mais destrutivas que ocorre em citrinos. As perdas na produção podem variar de 30% a 70% ou mesmo inviabilizar a citricultura, caso não sejam tomadas as medidas de controlo efectivas.