O potencial antioxidante da ginja de Óbidos não se restringe apenas ao fruto (usado na produção da Ginjinha): encontra-se, também, nos seus subprodutos, em especial nas folhas e nos caules. Este é um dos resultados do projecto “Vale Inovação – Desenvolvimento de novos produtos alimentares com base em extractos/produtos de ginja”, promovido pela Frutóbidos e desenvolvido pela Escola Superior de Biotecnologia, da Universidade Católica do Porto, que revela como valorizar a ginja e os seus subprodutos.
O projecto demonstrou as melhores condições e o potencial para a conservação da ginja de Óbidos congelada e seca, como alternativa de preservação deste fruto, altamente perecível. Permitiu, ainda, descobrir que este pode ser usado para formulação de várias receitas gastronómicas, permitindo o acesso a ginja de Óbidos fora do período curto de produção. Assim, foi possível desenvolver uma linha completa de novas receitas gastronómicas (com a colaboração do especialista em novas soluções gastronómicas de alto valor, Victor Nunes, foram desenvolvidas duas formulações de doces de ginja e duas de bolacha, ginja cristalizada e gomas de ginja, completamente validados e prontos para lançamento no mercado) e produtos alimentares com base em ginja e com elevado potencial funcional.
Na linha de produtos funcionais, as propriedades funcionais e nutricionais – salvaguardadas na formulação – foram caracterizadas e validadas pela Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto. Os pedúnculos da ginja foram, também, combinados numa formulação de infusão com grande potencial sensorial e com elevadas propriedades antioxidantes validadas.
Esta investigação foi desenvolvida ao abrigo do Sistema de Incentivos Qualificação PME, Vale Inovação, financiado pelo Programa Operacional Regional do Centro.