Várias empresas e entidades têm vindo a trabalhar em desenvolvimentos na rastreabilidade no sector hortofrutícola. Um artigo recente sobre práticas e soluções na vertente da «transparência» na cadeia alimentar – apresentado na publicação online “Dirt to dinner” e referenciado pelo blog “Biotecnologia e inovação”, do Centro de Informação de Biotecnologia (CiB) –, elenca duas novas abordagens.
Na venda de frutas e legumes, a rastreabilidade está normalmente associada a informação em caixas e embalagens, que se podem perder ou nem existir no ponto de venda ou após a compra. A empresa SafeTraces desenvolveu uma solução aplicável em spray, que combina ADN sintético de organismos que normalmente não se encontram na zona dos produtos frescos das lojas, como algas, com proporções vestigiais de açúcar.
Segundo a empresa, o spray é inodoro, insípido e não acarreta qualquer risco para a segurança alimentar, constituindo assim um «código de barras de ADN» que se pode aspersar em frutas e legumes. Se ocorrer um problema com o produto, o ADN na superfície do produto pode ser esfregado e depois identificado em alguns minutos, indica a SafeTraces.
Outra abordagem à rastreabilidade é a da empresa de software HarvestMark, em parceria com a iFood Decision Sciences. Através de um código de barras bidimensional (código QR), o consumidor pode aceder a uma plataforma online com vários tipos de informação sobre o produto (incluindo o seu percurso na cadeia alimentar) e com a possibilidade de atribuir feedback e valoração às marcas empresas.
Por sua vez, o produtor pode consultar dados analíticos e de qualidade – como de temperatura, de inventário e notificações – ao longo da cadeia alimentar, bem como o feedback e a valoração. O sistema também disponibiliza um mecanismo para recolha do produto em caso de um incidente de segurança alimentar.