A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, encorajou os produtores de ginja de Óbidos a candidatarem-se a projetos de investigação sobre o fruto, assegurando que há apoios comunitários para estudos que permitam posteriormente aumentar a produção nacional.
«Há um trabalho de investigação que é necessário fazer em conjunto com as universidades e há dinheiro de fundos comunitários para financiar esses projetos, de maneira a haver melhores produtividades», garantiu Assunção Cristas.
Em Óbidos, onde visitou a Frutóbidos, uma das principais empresas produtoras de licor de ginja do concelho, a ministra apelou aos agricultores para «aumentarem a produção de ginja», dada a escassez de matéria-prima para as empresas transformadoras que, na região, consomem toda a produção.
A produção de ginja «pode ser uma alternativa para os produtores e, naturalmente, fornecer mais matéria-prima para que esta empresa, e outras, possam produzir mais e internacionalizar cada vez mais um produto de excelência que tem tanto a ver com as nossas raízes», reforçou.
Para isso é preciso investir em novas pesquisas sobre o fruto, cuja produção «é muito instável», variando entre anos de muita e pouca produção, salientou Assunção Cristas, assegurando que o Governo «irá ter linhas abertas para promover a investigação».
A Frutóbidos, que produz anualmente 110 mil litros de licor de ginja de Óbidos, exporta cerca de 10% da sua produção para 14 países e, nos últimos anos, alargou a produção a produtos de cosmética e produtos alimentares, como pastéis, compostas e chás.