O Sistema de Informação sobre o Azeite e Azeitona de Mesa (SIAZ), do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), inquiriu 158 lagares de azeite (que representam 90% da produção nacional das últimas campanhas) sobre a produção de 2016/2017 e concluiu que houve uma diminuição da produção em 31% face ao ano anterior.
«Extrapolando o volume de azeite extraído pelos 158 lagares da amostra, para a totalidade dos lagares em laboração no País, estimamos que, na campanha 2016/2017, a produção nacional de azeite tenha sido de 75.200 toneladas», lê-se no relatório do SIAZ. Assim, verifica-se uma redução de produção de 31% em relação à campanha de 2015/2016 (109.100 toneladas). Contudo, comparado com a média de produção das últimas seis campanhas (76.700 toneladas), a diminuição é de 2%.
«A diminuição na produção, registada na campanha 2016/2017, resultou, essencialmente, da irregularidade meteorológica ao longo do ciclo olivícola. Além disto, o ano olivícola foi de contrassafra nos olivais de sequeiro. Estes factores provocaram quebra na quantidade total de azeitona produzida e atraso na respectiva maturação e colheita, com diminuição do rendimento médio da mesma, em relação à campanha anterior: a quantidade de azeitona laborada nos lagares diminuiu cerca de 27% e o seu rendimento médio em azeite diminuiu 6%, passando de 15,2% para 14,4%.»
Ao nível regional, o Alentejo produziu 75% do azeite nacional. No Norte, obteve-se «o mais alto rendimento» da azeitona laborada (16%) e registou-se a «menor diminuição no volume de azeite produzido (-16,5%), em relação à campanha anterior».
No que respeita à azeitona de mesa, na campanha 2016/2017, o SIAZ estima um volume de produção de azeitona para conserva a rondar as 23.700 toneladas, o que representa um aumento de 14% (+ 2.900 toneladas), relativamente à campanha anterior.