De acordo com a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO), foram cerca de cem hectares de culturas hortícolas, de um total de 500, que devido às cheias ficaram completamente destruídos na Lourinhã.
O presidente da associação, António Gomes, avançou à Lusa que a maior parte dos agricultores destes 500 hectares não tem seguros.
«Uns ficaram com as culturas prejudicadas, outros estavam a ser preparados para novas plantações, que já não vão ser feitas, devido ao estado dos solos, e noutros ocorreram fortes deslizamentos e arrastamentos de terras que, em alguns casos, abriram valas nos terrenos», especificou.
Do total da área afetada, cerca de cem hectares, situados sobretudo nas várzeas do Rio Grande – freguesias de Lourinhã/Atalaia e Miragaia – são de culturas de hortícolas que estão «totalmente destruídas», desde brócolos, diferentes variedades de couves e batatas.
Devido aos danos na agricultura, o dirigente estimou que deverão chegar ao mercado «menos duas a três mil toneladas», o equivalente a 5% das 60 mil toneladas de hortícolas que são produzidos em vários concelhos da região Oeste, onde se concentra a maior parte da produção nacional.