Horticultura, uma oportunidade para a lusofonia

A importância da horticultura para a economia mundial e para a sustentabilidade agrícola foram aspectos destacados no primeiro encontro do ciclo de conferências “4 Décadas, 4 Temas”. A iniciativa é promovida no âmbito dos 40 anos da Associação Portuguesa de Horticultura (APH).

Hélder Muteia, representante em Portugal da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla inglesa), foi o orador convidado da primeira conferência, que teve lugar a 3 de Maio na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A sua intervenção versou sobre “Horticultura e Sociedade (a visão da FAO)”.

A ideia chave a reter é a importância da horticultura quer para a sustentabilidade agrícola, quer para a sobrevivência da humanidade. O sector envolve «800 milhões de produtores, é uma fonte de rendimento essencial e permite aumentar a disponibilidade de alimentos», disse Hélder Muteia.

De acordo com a organização Smart Development Works, o mercado global de fruta e legumes deverá alcançar, em 2016, um valor de 2,5 mil milhões de euros, um aumento de 79% face a 2011, resultante da crescente procura de alimentos saudáveis, convenientes e acessíveis.

Manuel Pinto Correia, professor do Instituto Superior de Agronomia
Manuel Pinto Correia, professor do Instituto Superior de Agronomia

O responsável da FAO concluiu ainda que a horticultura é uma das áreas agrícolas que mais pode contribuir no alcance destes caminhos. No futuro, disse, é preciso «apostar na agricultura urbana e periurbana, em novos paradigmas de crescimento, novos quadros legais e institucionais, novas soluções tecnológicas e resolver a questão das extremidades».

«A procura por produtos hortícolas vai aumentar grandemente e é uma oportunidade onde a lusofonia deve ter uma palavra a dizer. Sou favorável à criação de uma plataforma comum de desenvolvimento da horticultura no espaço lusófono. É importante que tenhamos a capacidade de pôr em prática, porque existe espaço para criação de sinergias entre países com uma língua, uma história e uma alimentação comuns», disse Hélder Muteia.

A próxima conferência está agenda para o mesmo local a 28 de Junho e tem como convidado o arquitecto Manuel Aires Mateus. O presidente da APH, Domingos Almeida, comentou que este é um ciclo de conferências «voltado para fora e para o futuro, ou seja, visa reunir pessoas de fora do círculo agrícola que possam partilhar a sua opinião sobre o papel da agricultura em determinadas áreas».

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