Na tarde de 5 de Dezembro, decorreu na Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade, em Alcobaça, a segunda Sessão de Divulgação em Fruticultura. O evento serviu para divulgar alguns dos trabalhos de investigação e experimentação realizados ao longo do ano e ainda em curso.
A sala do pólo de actividades do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) teve lotação esgotada, com cerca de 170 participantes – na maioria, profissionais do sector. Na abertura da sessão, o presidente do INIAV, Nuno Canada, salientou os esforços que a entidade tem feito para reforçar meios e capacidades na Estação Nacional de Fruticultura e o compromisso com a agenda de investigação para a próxima década, que foi elaborada com a produção no início de 2017.
Foram apresentados os resultados de quatro trabalhos: Uso de filmes reflectivos na distribuição de luz, coloração e qualidade de maçãs Fuji; Observações preliminares de variedades de ameixas e amendoeiras em colecção; Aplicação pré-colheita de Aureobasidium oullulans para controlo das doenças de pós-colheita em pêra Rocha; Monitorização de esporos de Stemphylium vesicarium e incidência de estenfiliose em pomares da região Oeste – Influência das condições climáticas.
Em seguida, decorreu o balanço da campanha de pomóideas de 2017, promovido pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (Cothn). Foram apresentados dados pela Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha (ANP), pela Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA) e pela Associação de Fruticultores de Beira Távora, que foram depois complementados com os dados fornecidos pelos técnicos presentes no evento.
Ao fim da tarde, teve ainda lugar a apresentação dos resultados finais do projecto Inovpomo. Financiado pelo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013), este projecto incidiu sobre o melhoramento do processo produtivo de peras e maçãs através da conservação e caracterização do material vegetal. Parte do trabalho consistiu em detectar e identificar a presença da Erwinia amylovora (agente causal da doença conhecida como fogo bacteriano) nas colecções de recursos fitogenéticos utilizadas e em avaliar a susceptibilidade ao fogo bacteriano de clones de Pyrus (pêra) e variedades autóctones de Pyrus e Malus (maçã) em estudo.
Iremos publicar mais informações sobre o que foi apresentado na edição de Janeiro da revista Frutas, Legumes e Flores.