O Boletim Mensal de Agricultura e Pescas de Maio de 2017, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), avança que as perspectivas para a campanha de cereja são «bastante animadoras». O INE estima «um aumento de produtividade muito significativo face à campanha anterior (+230%), posicionando esta campanha como a melhor desde 2002».
Na floração e vingamento, as condições meteorológicas foram «favoráveis à generalidade das prunóideas». Já na fase de desenvolvimento das cerejas, registou-se tempo seco, «o que permitiu a normal maturação dos frutos, sem pressão de doenças e sem registo anormal de frutos fendilhados», pormenoriza o INE.
Apesar das perspectivas, ainda é «necessário avaliar o impacto da precipitação do final de Abril nas variedades tardias, que poderá implicar uma revisão das previsões agora indicadas», acautela o INE no seu boletim.
José Castello Branco, presidente da Cerfundão – Embalamento e Comercialização de Cerejas da Cova da Beira, confirma as previsões do INE. Apesar do «arranque complicado, com chuva, que prejudicou o início da produção», a campanha adivinha-se boa.
A «grande dificuldade», contudo, reside na falta de mão-de-obra na região da Cova da Beira, diz o responsável.
Em 2017, a produtividade das cerejeiras deverá rondar as 3,2 toneladas por hectare (t/ha). Em 2016, registaram-se 1,4 t/ha e no ano anterior a esse, 2,8 t/ha.