A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) e a Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) reuniram-se a 7 de Julho com o ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes. Na ocasião, as duas entidades apresentaram um conjunto de 70 medidas, as quais são «destinadas a mitigar os problemas que afectam o sector vitivinícola e a promover o seu crescimento sustentado, devendo estas ser integradas com as já existentes e sugeridas, anteriormente, por outras organizações do sector», explicam.
Segundo um comunicado da Confagri e da Fenadegas, o documento com as medidas «reflecte uma abordagem estratégica assente em cinco grandes áreas: o papel do Instituto da Vinha e do Vinho; a vitivinicultura portuguesa; os mercados, o cooperativismo; as ameaças ao sector». «O conjunto de medidas apresentadas terá sempre como grande objectivo a protecção de quem produz uvas em território nacional de forma séria e competitiva, salvaguardando sempre os interesse de toda a fileira, com inclusão da defesa dos consumidores», refere António Mendes, presidente da Fenadegas.
As duas entidades destacaram, entre outros temas «mais controversos», o da Taxa do Ponto Verde, que consideram que «poderá ter impactos directos tanto para o sector empresarial como para os consumidores». Na sua perspectiva, «registou-se um aumento substancial na taxa de gestão de resíduos de embalagens, com valores que mais do que duplicaram em 2025, verificando-se, em muitos casos, aumentos superiores a 160%».
Sobre este ponto, Idalino Leão, presidente da Confagri, salienta que «a taxa em questão é um acréscimo de custos para a produção e, por conseguinte, para os consumidores, o que naturalmente acabará por ter impacto no rendimento do sector». Nas palavras de Idalino Leão, «é urgente que o Governo reverta a decisão tomada com efeitos a partir de 2025 e que reavalie os critérios e valores definidos para esta taxa».
