Um porta-enxertos resistente à doença da tinta do castanheiro, o ColUTAD, é a proposta dos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), para impedir a propagação da enfermidade. A invenção estará «brevemente disponível nos circuitos comerciais», diz a UTAD em comunicado.
O ColUTAD, apresentado durante o VI Encontro Europeu da Castanha, realizado entre 9 e 12 de Setembro, é um híbrido entre o castanheiro europeu (castanea sativa) e o japonês (castanea crenata).
A utilização desta ferramenta «permite a plantação de novos castanheiros com maior segurança em solos afectados pela doença, mesmo em soutos onde ocorreu a morte de outras árvores» sublinha a UTAD.
José Gomes Laranjo, docente do departamento de Biologia e Ambiente da UTAD, explica que o objectivo da ferramenta é «travar o avanço da doença da tinta, responsável pela morte de milhares de castanheiros na Europa».
O investigador adianta que já foram feitas várias experiências com o porta-enxertos obtendo-se «resultados positivos em vários locais de Trás-os-Montes».
A doença da tinta do castanheiro, provocada pelo fungo phytophtora cinnamomi, ataca as raízes desta espécie e impede a absorção de água e nutrientes, provocando a sua morte.