Os produtos fitofármacos que contêm taloamina, um co-formulante utilizado nos herbicidas à base de glifosato, deixarão de estar disponíveis no mercado nacional a partir de 30 de Junho.
A Direcção Geral de Alimentação Agrária e Veterinária (DGAV) já notificou as empresas produtoras de fitófarmacos e estabeleceu o final do mês de Junho «como data limite para procederem à recolha dos produtos». Findo este prazo «as autorizações de venda estão canceladas», diz o Ministério da Agricultura em comunicado.
A decisão surge na sequência da identificação da taloamina como substância portencialmente carcinogénica, resultado «do processo de reavaliação comunitária da substância activa glifosato». Nesse sentido, o Ministério da Agricultura considera que os produtos que contêm o co-formulante são «susceptíveis de constituir risco grave para a saúde humana, animal ou ambiente», por isso decidiu proibi-los.
No total, sairão do mercado 17 produtos, de um total de 83 que contêm glifosato. Em causa estão fitofármacos produzidos por 11 empresas diferentes.
A 18 de Maio, o Comité de Peritos reúne em Bruxelas para decidir se prolonga a licença de utilização do glifosato por mais 15 anos ou não.