Syngenta realiza jornada técnica em Beja sobre fitossanidade do olival

A Syngenta realizou a 13 de Fevereiro, em Beja, uma jornada técnica sobre os desafios da protecção fitossanitária do olival e as oportunidades de mercado da fileira nacional do azeite. No evento, que teve lugar no Beja Parque Hotel, esteve em destaque a alternariose, uma doença causada pelo fungo Alternaria alternata, que, como assinala a Syngenta, «surgiu com maior intensidade nos olivais portugueses desde há três anos, podendo vir a converter-se numa doença chave, caso não seja adequadamente diagnosticada e tratada».

«É fundamental fazer o diagnóstico correcto da doença em laboratório e devemos escolher um fungicida que seja eficaz a controlar o maior número de doenças no olival, realizando aplicações preventivas na Primavera e no Outono, sempre e quando as condições meteorológicas sejam propícias ao desenvolvimento do fungo», referiu o consultor José Andres Moreno. Neste contexto, a Syngenta indica o fungicida Amistar Top como ferramenta «para reduzir o inóculo de Alternaria alternata no olival» e detalha algumas informações sobre esta doença.

«Alternaria alternata é um fungo oportunista – aproveita as feridas e outras debilidades das plantas para se instalar – e saprofita – alimenta-se de matéria orgânica em decomposição –, proliferando com temperaturas entre 20º C e 25º C e humidade relativa acima de 90%. Prefere os olivais em sebe e ataca sobretudo plantas em situação de stress e com feridas. A colheita tardia da azeitona propicia o seu desenvolvimento. Os sintomas de alternariose nas folhas, flores, caules e flores da oliveira podem confundir-se com os sintomas da gafa e do olho-de-pavão, pelo que se recomenda a confirmação da presença da doença através de análises em laboratório», elenca a empresa. Segundo a Syngenta, a cultura do olival ocupa o terceiro lugar no ranking das vendas de produtos fitofarmacêuticos em Portugal, com um valor de mercado superior a 20 milhões de euros, e é a segunda cultura mais relevante nas vendas da empresa, depois da vinha.

De acordo com Paulo Machado, director comercial da Syngenta para Portugal e Galiza, «o que nos tem permitido crescer nesta cultura é o trabalho de parceria com o nosso distribuidor A Cano e o robusto portefólio de soluções Syngenta para a protecção do olival». Paulo Machado realçou ainda que «queremos continuar a ser a referência no sector do olival e crescer na cultura do amendoal».

No evento, Gilberto Lopes, field expert da Syngenta em Portugal, apresentou algumas das soluções da empresa para controlo de pragas do olival – como o insecticida Karate Zeon e o bioinsecticida Costar WG – e para prevenção das doenças da oliveira – incluindo o fungicida cúprico Cuprocol, o novo biofungicida Cuprantol Duo (com «protecção combinada de oxicloreto e hidróxido de cobre») e os fungicidas Amistar Top e Score 250 EC. João Bilro, técnico da Syngenta Biologicals, apresentou dois bioestimulantes, «cuja eficácia em olival foi demonstrada em ensaios realizados no Alentejo: o Vitasève, que melhora a actividade de câmbio vascular das plantas, e o MC Set, que optimiza a floração e o vingamento dos frutos», destaca a Syngenta.

A empresa sublinha que a fileira portuguesa do olival e do azeite gera um volume anual de negócios de 1.500 milhões de euros, que as exportações de azeite de Portugal atingiram um valor recorde de 967 milhões de euros em 2022, que o País é o sexto produtor mundial de azeite, que Portugal registou uma produção recorde de 210.000 toneladas na campanha 2021-2022 e que na campanha 2022-2023, ano de contrassafra, obteve uma produção de 125.000 toneladas. A secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, afirmou que se trata de um «sector moderno e altamente eficiente, um exemplo de boas práticas e de sustentabilidade», realçando que «há um enorme potencial para acrescentar valor às exportações nacionais de azeite, através da aposta em azeite embalado e de marca» – uma vez que 66% do azeite português exportado é vendido a granel e 44% embalado –, e que também existe o desafio da organização da fileira, através da criação de uma Organização Interprofissional para promover o azeite português e a imagem deste.

 

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