Syngenta apresenta fungicida Orondis Ultra e feromona Exployo Vit

Nos dias 27 e 28 de Outubro, em Torres Vedras, a Syngenta apresentou aos seus parceiros da distribuição dois novos produtos: Orondis Ultra (fungicida para prevenção e controlo do míldio da videira e do tomateiro) e Exployo Vit (feromona pulverizável para biocontrolo da traça-da-uva). Segundo a empresa, este produto contém oxatiapiprolina – «substância activa de um novo grupo químico com um novo modo de acção» – e mandipropamida, «actuando sinergicamente na protecção das folhas, frutos e novos crescimentos das plantas contra os oomicetos», sendo que «garante um controlo eficaz do míldio da videira e do tomateiro, durante todo o ciclo das culturas, a doses muito reduzidas».

A Syngenta indica que «este é o primeiro lançamento de uma gama de fungicidas contendo a substância activa oxatiapiprolina, em combinação com outras substâncias activas, a apresentar ao mercado português nos próximos anos». A empresa explica que a oxatiapiprolina «actua inibindo a proteína de ligação ao oxisterol (OSBP) que participa no movimento de lípidos entre membranas nas células dos fungos» e que «a inibição da OSBP interrompe muitos outros processos na célula, tais como a sinalização, a manutenção das membranas celulares e a formação de lípidos mais complexos que são essenciais à sobrevivência da célula do fungo».

«A oxatiapiprolina é eficaz nas fases-chave do ciclo de vida dos oomicetos: esporulação, germinação e infecção inicial, impedindo o desenvolvimento do míldio. Conjugando o modo de acção das duas substâncias activas, o Orondis Ultra actua nas folhas das plantas de forma translaminar e com efeito sistémico, resistindo à lavagem pela chuva a partir de uma hora após a aplicação», refere a Syngenta. A empresa afirma que «está autorizado um máximo de dois tratamentos por campanha em videira e três tratamentos em tomateiro» com este novo produto, que «o Orondis Ultra é eficaz no controlo do míldio a doses muito baixas (12-20 gramas/hectare/ano)», que «deve ser aplicado de forma preventiva» e que «recomenda-se o seu posicionamento, em videira, desde a fase de cachos visíveis até ao fecho dos cachos, e, em tomateiro, desde o desenvolvimento vegetativo até ao início da maturação».

Para André Zibaia, técnico gestor conta cliente da Syngenta para o Ribatejo, «Orondis Ultra é a solução pela qual já esperávamos há muito tempo no nosso portefólio, totalmente diferenciadora, devido à acção conjunta de duas substâncias activas, uma das quais pertencente a um novo grupo químico». «É uma ferramenta essencial para um controlo eficaz do míldio e indicada para integrar uma estratégia de gestão antirresistências. Em todos os ensaios realizados, incluindo em Portugal, o produto demonstrou excelente eficácia. Estamos convictos de que o Orondis Ultra vai acrescentar muito valor ao agricultor no campo.»

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No evento, a empresa também apresentou aos seus parceiros da distribuição a Exployo Vit, uma feromona pulverizável para biocontrolo da traça-da-uva (Lobesia botrana). De acordo com a Syngenta, a «Exployo Vit é uma feromona fresca à base da substância activa (E,Z)-7,9-dodecadien-1-yl-acetato, formulada em microcápsulas de origem biológica à base de cera e óleo, sem plásticos nem dissolventes», sendo que «o tamanho reduzido e a homogeneidade das microcápsulas garantem uma difusão homogénea e a libertação lenta da feromona».

A empresa assinala que esta ferramenta pulverizável «revoluciona o conceito da confusão sexual, método já utilizado por muitos viticultores, mas que até agora só estava disponível no mercado através da aplicação por difusores nas videiras», porque neste caso «são os cachos e as folhas que actuam como difusores». «O objectivo da confusão sexual é travar a praga sem a erradicar, através de uma nuvem de feromonas sexuais femininas que desorienta os machos da traça-da-uva, diminuindo os acasalamentos e as posturas de ovos, reduzindo deste modo os estragos na vinha», frisa a Syngenta, acrescentando que este «novo conceito de biocontrolo», apresentado através do Exployo Vit, «distingue-se pela sua flexibilidade – apenas se aplica caso a pressão da praga o exija –, rapidez e facilidade de aplicação – através de pulverização –, sendo compatível com a maioria dos produtos fitofarmacêuticos».

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Durante este evento, houve ainda apresentações de dois investigadores do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) – nomeadamente do Pólo de Inovação de Dois Portos/Estação Vitivinícola Nacional – e de um técnico da Tomataza. Jorge Sofia apresentou uma comunicação sobre metodologias de previsão para estimativa do risco dos ataques de míldio da videira, dentre as quais algumas que servem de base à emissão de avisos agrícolas, ajudando os agricultores a posicionar os tratamentos numa lógica de sustentabilidade. Por sua vez, Francisco Baeta apresentou o seu trabalho de melhoramento de videira desenvolvido no INIAV, no âmbito de um projecto de obtenção de novas variedades, com parcial ou total resistência a míldio e oídio, que preservassem características intrínsecas de castas nacionais consideradas de maior importância (Arinto, Fernão Pires, Touriga Nacional e Verdelho), como forma de proporcionar «uma diminuição do número de aplicações fitossanitárias com preservação do património genético vitícola português». Luís Hilário, técnico da Tomataza, organização de produtores especializada em hortoindustriais, falou da sua experiência na determinação da estimativa de risco dos ataques de míldio na cultura do tomate indústria, usando o modelo TOMcast – tendo por base a monitorização das condições climáticas através de sensores instalados no campo –, fornecendo informação «que serve de apoio à decisão dos produtores de tomate no posicionamento dos tratamentos anti míldio, contribuindo para reduzir o custo e aumentar a eficácia dos mesmos».

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