No ano passado, a superfície mundial plantada com culturas de organismos geneticamente modificados (OGM) era de 181,5 milhões de hectares, o que representam um crescimento de 3,6%, segundo o International Service for the Acquisition of Agri-Biotech (ISAAA).
No relatório anual do ISAAA, a União Europeia mostrou uma tendência oposta à situação mundial, registando um decréscimo de 3%, obtendo uma área plantada de 143.016 hectares.
Um olhar mais atento a cada país, o relatório anual concluiu que Portugal, Roménia e Eslováquia aumentaram a superfície cultivada. No entanto, Espanha e República Checa registaram descidas, ainda que pouco significativas. Espanha é líder na cultura de milho transgénico (Bt), com 131.538 hectares cultivados, o que corresponde a cerca de 31,6% do total de milho cultivado em território nacional, com um aumento de 0,4% frente a 2013.
Em 2014, 18 milhões de agricultores em todo o mundo cultivaram sementes biotecnológicas. Destes, 90% eram pequenos agricultores em países emergentes e em vias de desenvolvimento.
No total, 28 países apostaram em culturas OGM, sendo que 20 são países emergentes e em desenvolvimento. O Bangladesh juntou-se, pela primeira vez, à lista de países com culturas OGM. Naquele país asiático, 120 agricultores apostaram em culturas OGM.
Os restantes oito países (do total de 28) respeitam a territórios industrializados. Neste caso, por exemplo, os Estados Unidos da América foi o que mais aumentou os cultivos de OGM, ocupando o lugar do Brasil. Este crescimento deve-se à plantação de soja que foi de 11% mais em 2014 relativamente ao ano de 2013. Os Estados Unidos da América registaram 40% dos cultivos mundiais de OGM.
Os 10 países com mais de um milhão de hectares cultivados foram os Estados Unidos, com 73,1 milhões de hectares; Brasil, com 42,1 milhões; Argentina, com 24,3 milhões; Índia, com 11,6 milhões de hectares; Uruguai, com um total de 1,6 milhões e Bolívia, com um milhão de hectares.