Um grupo de cientistas israelitas criou uma substância que, ao ser aplicada em alguns hortícolas, permite que se conservem mais tempo nas prateleiras do supermercado. A solução atrasa o envelhecimento e a perda de clorofila nos vegetais como as alfaces, couve-flor, aipo ou espinafres.
Até à data, os investigadores do Instituto Robert H. Smith para a Ciência e Genética das Plantas na Agricultura, da Universidade Hebrew, conseguiram verificar que uma aplicação em spray permite conservar estes alimentos durante um mês. A ideia, ainda em desenvolvimento, já foi patenteada em Israel e nos Estados Unidos.
Um porta-voz da equipa sublinhou que já estão em conversas com «organizações de grande dimensão como alguns grossistas, que estão muito interessados em trabalhar» com esta ideia.
Outra das aplicações que os responsáveis pelo projecto reconhecem é a sua utilização nos legumes produzidos em algumas partes de África e na Índia onde, muitas vezes, os agricultores são obrigados a vender os seus produtos a preços mais baixos devido à falta de opções para armazenamento em frio e meios de transporte eficazes.
Esta também poderá ser uma alternativa no combate ao desperdício alimentar. Anualmente, um terço dos alimentos produzidos são desperdiçados em todo o mundo. Só nos Estados Unidos, o desperdício alimentar corresponde a 32.500 milhões de euros todos os anos.
