Numa conferência realizada no fim de Janeiro, entidades do sector hortofrutícola europeu debateram as prioridades de investigação para o sector hortofrutícola para o programa de financiamento actual Horizonte 2020 e para o seu sucessor, o Programa-Quadro 9 (FP9). O evento foi organizado pela Freshfel Europe (Associação Europeia de Frutas e Legumes Frescos) e pela Assembleia das Regiões Europeias de Produção Hortofrutícola (Areflh), em coordenação com as duas redes de centros universitários e de investigação que efectuam trabalho de investigação relacionado com frutas (Eufrin) e legumes (Euvrin).
No encontro, os participantes deram o seu apoio à abordagem multi-actor que é exigida em muitos concursos (calls) do Horizonte 2020. Por outro lado, foi salientado que a tendência para projectos amplos, multi-produtos «não consegue realçar os problemas específicos do sector». Ficou ainda a nota de que «o sector lamenta que as frutas e legumes continuem a estar sub-representadas no Horizonte 2020» e de que esta situação «não está a reflectir a dimensão do sector na economia e os seus benefícios societais e de saúde».
Do encontro, resultou uma lista de recomendações relativa à posição do sector hortofrutícola da Europa quanto à política de investigação e inovação da União Europeia, para consideração pelos actores políticos.
As linhas gerais destas “recomendações” são as seguintes:
1 – Deve ser dada mais atenção à investigação aplicada.
2 – O valor acrescentado justifica que seja alocado um orçamento maior à investigação e à inovação no sector.
3 – As linhas de financiamento poderiam focar-se em propostas relativas a alimentos baseados em plantas (plant-based food).
4 – É necessário assegurar um maior balanço entre concursos para criar novo conhecimento e redes temáticas.
5 – O sector dá o seu apoio total à abordagem multi-actor.
6 – O mesmo aplica-se aos grupos operacionais da EIP-Agri [Parceria Europeia de Inovação para a Agricultura].
O documento com as recomendações em inglês pode ser consultado aqui.