Esta foi uma das mensagens deixadas durante o 6.º Congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA). O evento centrou-se no tema “Criar valor, construir futuro”. Representantes de empresas e associações ligadas à fileira foram convidados a reflectir sobre os desafios e constrangimentos da afirmação do sector agro-alimentar nacional em Portugal e no Mundo.
Durante o painel dedicado há reflexão sobre “Competir no mercado global”, Maria João Veiga Gomes, directora de Relações Institucionais e Mercados Externos da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep), defendeu que o «sector agro-alimentar está bem e recomenda-se», com o crescimento das exportação a ultrapassar o das importações. Contudo, sublinhou que a cooperação entre empresas é «importante» para o seu sucesso a nível internacional.
António Simões, presidente do Conselho de Administração e CEO da Sovena, explicou que «dimensão do mercado local é um constrangimento» pelo que 80% das vendas da empresa são fora de Portugal. Na Imperial, a aposta também recai pelo mercado externo. «Há 15 anos, a empresa decidiu que o mercado interno era limitado» e decidiu apostar lá fora, explicou Manuela Tavares de Sousa, CEO da Imperial.
Já a Cerealis, vê em Portugal um mercado importante, especialmente no que toca à «substituição das importações». Rui Amorim de Sousa, CEO do grupo, pormenorizou que «nas exportações sempre estivemos mais focados no mercado da saudade».
Por sua vez, Rui Lopes Ferreira, presidente da Comissão Executiva da Unicer, defendeu que «o mercado da saudade é um segmento interessante mas não é a receita para a internacionalização».
O evento decorreu a 4 de Abril, no Convento do Beato, em Lisboa.