A situação de seca extrema e severa que se regista no país desde final de Fevereiro de 2015 está a provocar «grandes quebras» na produção de castanhas e azeite de Trás-os-Montes, disse Manuel Cardoso, director-regional de Agricultura do Norte, em declarações à agência Lusa.
As perdas no olival, apesar de preocupantes, só poderão ser quantificadas no final de Setembro. O dirigente garantiu que está a ser feito um levantamento para perceber quais serão os prejuízos.
As zonas mais afectadas são a Terra Quente Transmontana e o Planalto Mirandês, onde, diz Manuel Cardoso, se «começa a verificar a queda de azeitona da oliveira».
«A percentagem de água existente no solo em relação à capacidade de utilização das plantas ronda os 10% e os 15%, o que significa que se não houver precipitação imediatamente, há a possibilidade de algumas espécies de plantas não sobreviveram, nomeadamente, a plantações novas», explicou Manuel Cardoso.
Segundo dados do Observatório de Secas do Instituto de Meteorologia, a 31 de Julho de 2015, 79% do país – Trás-os-Montes incluído – encontrava-se em situação de seca severa ou extrema.