As novas tecnologias ao serviço da agricultura são cada vez mais uma realidade. O projecto Safebrocolo (Janeiro de 2015 a Dezembro de 2017) conta também com elas para se tornar mais eficaz no seu objectivo: desenvolvimento de modelos de previsão de alternariose e ataques da mosca da couve.
No dia 21 de Fevereiro, na Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS), o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (Cothn), um dos promotores do Safebrocolo, organizou a reunião do segundo ano do projecto. Neste evento, Francisco Pinto, aluno da Universidade Nova de Lisboa, mostrou a aplicação para smartphone que desenvolveu para Android e iOS. Esta permite aos utilizadores identificarem as parcelas e para cada uma delas assinalar, com indicação de dia e hora, os sintomas observados na cultura.
Por outro lado, o professor da Universidade de Évora, José Rafael Silva, apresentou uma Plataforma tecnológica para pragas e doenças – lst.uevora.pt – que permite conhecer a temperatura registada diariamente. «Uma ferramenta de apoio para, no mínimo, criar suspeitas sobre a possibilidade de infecção», pormenorizou José Rafael Silva. O utilizador pode pedir alertas, enviadas para o e-mail, com informação sobre determinada região do País.
O encontro serviu ainda para os técnicos envolvidos neste projecto apresentarem, resultados da sua investigação. As conclusões são ainda pouco claras, mas sabe-se que a temperatura tem grande influência no desenvolvimento de alternariose e que a mosca da couve tem maior incidência na campanha de Primavera/Verão.
Nos vários ensaios feitos, o Cothn já retirou algumas conclusões, tais como a importância da «envolvente e dos focos de contaminação; da rotação» e que «os tratamentos com as diferentes substâncias activas carecem de continuação de experimentação».
Ao Cothn, juntam-se outras entidades parceiras como a Cadova – Cooperativa Agrícola do Vale de Arraiolos, Agromais, Emergosol, Hidrosoph, Hortapronta, Tomataza, Torriba, Faculdade de Ciências e Tecnologia, ESAS, entre outras entidades.