O projecto de investigação Evorepro (ou a Evolução da Reprodução Sexual nas Plantas) está a ser desenvolvido por um consórcio internacional que se espalha por Reino Unido, Alemanha, Áustria e Estados Unidos da América, mas é liderado a partir de Portugal, por Jörg Becker, investigador principal do Instituto Gulbenkian de Ciência.
O objectivo é compreender os processos de reprodução nas plantas primitivas e perceber como isso pode ser aplicado às plantas consumidas actualmente. Para tal, os investigadores vão comparar os genes da Physcomitrella e da Marchantia – ambas plantas primitivas – com os do milho e do tomate.
Jörg Becker explicou à Frutas, Legumes e Flores que uma das responsabilidades da sua equipa é perceber «quais as partes do processo de polinização que podemos alterar para ficarem mais resistentes a subidas de temperatura».
No total, o Evorepro dispõe de 2.630.815 euros, que lhe foram atribuídos pela ERA-CAPS (uma rede europeia cujo objectivo é reforçar a coordenação científica na investigação em ciência das plantas). Em Portugal, o financiamento do projecto está a cargo da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), que lhe alocou 200.000 euros.
Foto: Jörg Becker, Instituto Gulbenkian de Ciência