Quebra significativa na quantidade de pêra Rocha do Oeste colhida em 2022

Decorridos os primeiros dias da colheita de 2022, a ANP – Associação Nacional dos Produtores de Pêra Rocha, vem informar que é esperada uma quebra muito significativa da quantidade de pêra Rocha colhida este ano.

Dados mais concretos da referida diminuição estão a ser quantificados, mas é possível que as quebras venham a ser superiores às anteriormente previstas.

Esta situação decorre das condições climatéricas que se verificaram ao longo do ciclo produtivo, nomeadamente a escassez de água, limitadora da quantidade da água de rega, e das altas temperaturas que se verificaram no mês de Julho, que influenciaram negativamente o crescimento dos frutos.

«Em termos quantitativos, prevê-se que a pêra Rocha do Oeste possa continuar a estar ao dispor dos portugueses, no entanto é expectável que os frutos sejam de menor calibre relativamente aos que habitualmente são disponibilizados», referem em comunicado.

De salientar ainda a indicação anteriormente referida: pese embora a diminuição do calibre dos frutos colhidos, nesta colheita, a fruta apresenta uma «excelente qualidade, nomeadamente ao nível do brix e da baixa incidência de pigmentação».

Assim, a ANP entende que estarão reunidas as condições para «reforçar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em torno da Rocha do Oeste, fruto português de características únicas, detentor de excelente qualidade organoléptica e atributos próprios adequadas ao consumo crescente de fruta para uma alimentação saudável, resultantes do saber, da tradição a passar a gerações futuras».

Recorde-se que a colheita de pêra Rocha do Oeste teve início oficialmente a 15 de Agosto de 2022.

Uma campanha que será «mais uma vez desafiante, tendo em conta o aumento muito significativo de todos os custos de produção, armazenagem e comercialização», refere a ANP, garantindo que, junto dos seus associados, continuará a «assumir o compromisso de elevada responsabilidade com os portugueses, sem esquecer o importante compromisso de responsabilidade social e a sobrevivência da cultura da pêra Rocha em Portugal, procurando um preço justo e sustentável à actividade de muitas famílias do Oeste que desta actividade obtêm o seu sustento».

A ANP e os seus associados mantêm também o compromisso de «procura das melhores práticas de sustentabilidade ambiental, sem deixar de oferecer frutos que garantem a segurança alimentar dos seus consumidores».

O sector da pêra Rocha continuará a «trabalhar no fornecimento de um produto com marca colectiva a que corresponde uma produção muito mais controlada, menos rentável, mas com melhor qualidade organoléptica de forma a garantir uma boa experiência de consumo, contribuindo deste modo para o crescimento de vendas no mercado nacional e de exportação».

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