Esta foi a mensagem passada por José Eduardo Mira Cruz, director da Associação Nacional de Produtores de Cereais, Oleaginosas e Proteginosas (Anpoc), dia 10 de Janeiro, na sede da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), em Beja. « Ao nível mundial, a produção de cereais tem vindo a aumentar de forma consistente desde 2007, sendo ligeiramente superior ao consumo, que também cresce. Na União Europeia verificou-se uma descida de 5% na produção total de cereais em 2016/2017, mais acentuada no caso do trigo mole (-11%), por influencia do mau ano agrícola em França e na Dinamarca», lê-se em comunicado da Syngenta, empresa que promoveu o encontro na Edia.
Perante 60 agricultores e técnicos foi também dito que «Portugal inverteu a tendência, com um ligeiro aumento da produção de cevada, que superou as 50.000 toneladas (t) na última campanha. Graças aos contratos realizados entre agricultores e indústria, a produção de cevada aumentou nos últimos três anos. Os preços médios praticados em Portugal na última campanha foram: 235 euros/t o trigo duro, 190 euros/t a cevada forrageira, 170 euros/t o trigo panificável e 165euros/t o trigo mole, segundo a Anpoc».
Além de um ponto de situação da produção de cereais, o evento serviu para apresentar o novo herbicida da Syngenta para controlo das infestantes de folha estreita em trigo e cevada. Gilberto Lopes, field expert da Syngenta, explicou que o Axial Pro «a sua formulação garante penetração mais rápida nas folhas das infestantes, potente efeito molhante e menor risco de erros na dosagem e manuseio, por não necessitar de adição de molhante extra.
O herbicida foi formulado com a tecnologia Built-in-wetter que incorpora a substância activa do herbicida Pinoxadene. O Axial Pro pode ser aplicado no ciclo de desenvolvimento dos cereais, desde o início do afilhamento até metade do encanamento, com uma dose recomendada entre 0,5 a 1litro/hectare.
A Syngenta informa que «os ensaios realizados no Alentejo com Axial Pro demonstram que este herbicida não gera quaisquer problemas de fitotoxicidade em trigo e cevada, não afecta o desenvolvimento das plantas e não apresenta restrições em rotações com outras culturas (colza, ervilha, fava, etc.)».