Em Resende, entre 60% e 70% da produção de cereja ficou destruída na passada segunda-feira, 4 de Maio. O vento forte que se registou na vila do distrito de Viseu foi o grande responsável.
Rogério Silva, presidente da associação de promoção CER Resende – Cerejas de Resende, disse à agência Lusa que «esteve um vento bastante forte e destruiu-nos uma grande parte da produção de cereja deste ano».
Uma das vantagens da cereja desta região é ser apanhada duas semanas antes de todas as outras no país. Contudo, apesar da colheita das cerejas da zona ribeirinha do Douro já ter começado, na zona serrana o pequeno fruto ainda estava na árvore, explicou o produtor.
Para além de prejudicar esta campanha de cereja, o vento forte que se registou no início da semana deixou marcas que se irão continuar a sentir nos próximos anos. Rogério Silva adiantou que as «árvores ficaram danificadas» e é isso que será «grave no futuro».
Dados da FAOstat (estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) indicam que, em 2013, Portugal produziu 11.000 toneladas de cerejas. O maior produtor do pequeno fruto é a Turquia que, no mesmo ano, produziu 494.000 toneladas.