Produtores de maçã, cereja, ameixa e pêra Rocha estão apreensivos devido às poucas horas de frio que se registaram este ano. No decorrer de um workshop, organizado pela Nutrisapec, dia 15 de Março, Natércia Ribeiro, da Associação de Fruticultores de Armamar, referiu que «em Fevereiro atingiram as horas de frio necessárias» para as culturas mas, sublinha, «vieram tarde». Natércia Ribeiro diz, por isso, que «não sabemos como vai ser a produção».
A mesma dúvida foi partilhada pelos produtores presentes no evento. Aires Silva, da Coopval –Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval, afirma que «no Oeste a floração pode atrasar ligeiramente». O responsável da cooperativa comenta ainda que «poderá haver diferentes estados de maturação do fruto», situação que coloca algumas dificuldades aos produtores».
O workshop serviu ainda para falar de bioestimulantes. Susana Carvalho, investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, coordenou um estudo sobre o uso de bioestimulantes em produção de mirtilo e morango. Nas duas culturas, foram registados aumento de produtividade e melhoria da consistência do fruto.
A Nutrisapec apresentou também Fitoalgas green, um bioestimulante feito a partir da alga Ascophyllum nodosum. O processo de obtenção deste produto é todo controlado pela empresa. Na irlanda, em Kilcar, nascem as algas marinhas que dão origem ao produto conseguido num processo pouco invasivo, com extração a frio e com obtenção de um pH ácido.
As mais-valias são múltiplas. David Silva, gestor técnico da Nutrisapec para a região Norte, referiu algumas: «promove os vingamento; actuando como fitorregulador natural; é um bioestimulante vegetativo; é indutor de defesas naturais da planta; é potenciador dos calibres, promovendo a divisão celular; e favorece a assimilação de outros nutrientes».
Saiba tudo sobre este evento na edição 162, Abril.
