Produtores de pêra Rocha e técnicos discutiram os resultados da campanha de 2015 numa sessão organizada, a 12 de Novembro, pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) em parceria com a Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha (ANP).
A estenfiliose e grande amplitude térmica durante o período de floração – que provocou uma redução acentuada dos vingamentos – foram consideradas pelos presentes as principais causas da quebra de produção.
À saída do pomar, a quebra na produção está avaliada em 34,3%, mas os produtores e técnicos consideram que nas centrais podem registar-se também uma quebra acrescida na ordem dos 8% a 9%.
Sobre a questão da estenfiliose, Isidro Llorente, da Universidade de Girona, chamou a atenção para o facto de existirem «menos produtos» notando que, além disso, «a sua eficácia não é total». Para o investigador, uma das mais importantes formas de combate a esta doença está na limpeza do solo, pelo que aconselha à retirada de todo o material vegetal morto, como folhas e troncos.
João Pedro Luz, investigador da Escola Superior de Agricultura de Castelo Branco (ESACB), alertou para a importância da leitura dos rótulos dos produtos, já que, «a sua má utilização provoca a resistência das plantas aos fungicidas».
O fogo bacteriano teve também o seu momento de discussão. Técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo e da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária fizeram um ponto de situação da doença no Oeste e chamaram especial atenção para o risco fitossanitário dos pomares abandonados. Até à data já foram destruídas cerca de 8.700 plantas infectadas com a doença.
