«Queremos pressionar as instituições europeias a adoptar legislação específica para a protecção do solo, fixando princípios e regras para serem cumpridas pelos Estados-Membros. Queremos que a Europa reconheça o solo como um bem comum essencial para a vida e que assuma a gestão sustentável do solo como prioridade.» É isto que a People4Soil, uma rede composta por diversas organizações não governamentais europeias, associações, empresas e institutos de pesquisa, exige.
Como tal, a People4Soil e a Iniciativa de Cidadãos Europeus estão a promover a assinatura de uma petição para que seja criada uma legislação específica para os solos na Europa. O objectivo é conseguir, pelo menos, um milhão de assinaturas de cidadãos provenientes de sete Estados-Membros da União Europeia (UE).
«Estamos muito preocupados com o aumento da degradação dos solos, tanto a nível europeu como global», lê-se no site desta rede. «A Erosão, a impermeabilização, a perda de matéria orgânica, a compactação, a salinização, o deslizamento de terras e a contaminação têm impactos negativos na saúde humana, na segurança alimentar, nos ecossistemas, na biodiversidade, no clima e na economia dos países.»
A proposta para uma directiva-quadro dos solos caiu em 2014, depois de oito anos de discussão, pelo que neste momento não existe um conjunto de regras europeias sobre a utilização do solo.
A rede conta com parceiros dos 28 Estados-Membros da UE. De Portugal, o apoio vem de organizações como a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e a Agrobio – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica e da Sociedade Portuguesa de Ciência do Solo.