O presidente da Direcção da ACOS – Agricultores do Sul, Rui Garrido, gostaria que a 34.ª Ovibeja tivesse um «cariz mais agrícola». O certame decorre em Beja de 27 de Abril a 1 de Maio e dá especial enfoque à internacionalização dos produtos agro-alimentares de origem animal, tais como queijos, enchidos e presuntos. De acordo com o responsável, «ainda há muito caminho a percorrer na internacionalização dos produtos alentejanos».
A Ovibeja é uma mostra de maquinaria, animais, artesanato, empresas agrícolas, mostra de produtos agro-alimentares e também espaço de debate. «Vamos realizar o 2.º Seminário Internacional de Azeites do Sul, com a colaboração da Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, no sábado, dia 29 de Abril, altura em que vai decorrer a entrega dos prémios do concurso internacional de azeite», salienta Rui Garrido.
No programa de debates figura, pelas 15h00 de 28 de Abril, um seminário promovido pela empresa Agrogarante, enquadrado na iniciativa “Conversas de Agricultura”. Este seminário tem lugar no auditório da Expo Beja. O seu tema central será o “Financiamento e Apoio ao Investimento no Sector Primário – Competitividade e Crescimento” (ver programa).
O programa de debates inclui ainda um subordinado ao tema “Investimento e regadio no Alentejo” (dia 28 de Abril), com intervenções de Gabriela Freitas, gestora do Programa de Desenvolvimento Rural 2020; Pedro Ribeiro, presidente do Instituto de Finanaciamento da Agricultura e Pescas; José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estrutuas do Alqueva e José Barahona Núncio, presidente da Federação Nacional das Associações de Regantes.
Sobre a agricultura na região, o presidente da Direcção da ACOS comenta que têm vindo a trabalhar no investimento agrícola. «Um dos problemas sérios que temos em termos do investimento são os projectos que se candidataram durante o período 2015/2016, e para os quais não há garantia de financiamento. Os concursos tinham dotações limitadas, e se entram projectos que excedem a dotação, transitam para o concurso seguinte, mas sem garantia de aprovação».
«O que estamos a constatar, e já tínhamos alertado a tutela para isso, é que, sobretudo quando se trata de instalação de culturas permanentes – um olival ou amendoal, por exemplo, os agricultores não conseguem ficar tanto tempo à espera. Só nesta altura estão a ser analisados projectos que entraram no último trimestre de 2015, o que é muito tempo para quem tem compromissos», conclui o responsável.