No dia 17 de Fevereiro, a Syngenta, em parceria com a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas e o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (Cothn) promoveram um encontro para divulgar novas soluções para a cultura de tomate de indústria.
O evento, em Muge, Salvaterra de Magos, reuniu 200 agricultores e técnicos que tiveram oportunidade de ouvir Ana Paula Nunes, coordenadora de Horticultura do Cothn. Esta recordou os números da última campanha de tomate indústria em Portugal: «19.462 hectares plantados e 1,6 milhões de toneladas entregues para transformação, com uma produtividade média de 82,93 toneladas/hectare, ligeiramente abaixo da média da última década (85 ton/ha)». O Cothn liderou o projecto Protomate, no âmbito do qual se desenvolveu uma ferramenta de apoio à decisão sobre tratamentos contra a Tuta absoluta.
A Syngenta apresentou o Ampligo, um novo insecticida para controlo de lepidópteros e afídeos, e o Ridomil Gold R, um anti-míldio sistémico que será este ano autorizado na cultura do tomate de indústria.
Marco Gaga Nunes, produtor de tomate em Valada do Ribatejo (plantou, em 2016, 220 hectares), experimentou o Ampligo a título de ensaio, para controlo da Tuta absoluta e lagartas. «Fiz apenas uma aplicação, na fase em que 20% a 30% dos frutos estavam maduros, e nos 15 dias seguintes não se verificaram capturas de insectos nas armadilhas. Consegui controlar várias gerações de insectos, o que contribuiu para baixar significativamente a população dos mesmos.»
No final do encontro, os participantes foram alertados para a importância de adoptarem práticas seguras no uso de fitofármacos. «A redução do risco para o aplicador e o ambiente é um tema prioritário para a Syngenta e deve mobilizar todos os agricultores. Devemos persistir na mensagem de que a agricultura é uma actividade responsável e que na Europa se produzem os alimentos mais seguros do mundo», concluiu Rita Presume, técnica gestora conta cliente da Syngenta para o Ribatejo.