Investigadores das universidades de Coimbra e de Vigo descobriram uma nova forma de reprodução da planta invasora Oxalis pes-caprae (azeda ou trevo amarelo) na Península Ibérica que pode ter efeitos importantes para algumas culturas agrícolas. Considerava-se que a Oxalis se reproduzia exclusivamente por bolbos (reprodução assexuada), mas foi descoberta uma região onde as plantas se conseguem reproduzir por semente (reprodução sexuada), capacidade até agora exclusiva da África do Sul, de onde é nativa. Esta nova via de reprodução pode proporcionar «plantas mais agressivas e danosas para o ecossistema» e o processo de propagação «passou a ser mais rápido, fácil e muito mais agressivo», refere um comunicado da Universidade de Coimbra. A Oxalis propaga-se preferencialmente em zonas agrícolas e há necessidade de mais estudos sobre o impacto nas culturas. Por exemplo, na couve-galega foi verificado um impacto negativo. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Junta da Galiza, este estudo envolveu uma dezena de cientistas portugueses e espanhóis e dois consultores especialistas no estudo da Oxalis (da África do Sul e da República Checa).