Nasce associação de beneficiários do empreendimento do Alqueva

Foi recentemente constituída em Beja a Associação de Proprietários e Beneficiários do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (APBA), tendo já os órgãos sociais eleitos. O seu objectivo é «representar os interesses legítimos dos proprietários e beneficiários do EFMA [Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva] junto de todas as entidades oficiais», pois estes «não tinham nenhuma entidade juridicamente constituída que representasse os seus legítimos interesses, as suas expectativas, as suas preocupações, as suas reclamações, e que se possa assumir como interlocutor privilegiado e porta-voz dos interesses específicos de todos os beneficiários directos e indirectos do empreendimento».

A APBA visa «representar os interesses de todos os utentes do EFMA» e assume a missão da «defesa intransigente dos interesses específicos dos utentes do EFMA, numa atitude responsável, lúcida, construtiva e capaz de criar valor». Para este fim, afirma que vai procurar «colaborar e cooperar com o Governo, as autarquias, a administração pública, a EDIA [Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva], a EDP, as Infra-estruturas de Portugal, as operadoras de telecomunicações, entre outras entidades, de forma a desenvolver uma estratégia e um plano de longo prazo que assegure a conservação, a manutenção, a sustentabilidade e a competitividade do Alqueva para as próximas gerações».

Em concreto, a APBA pretende defender os interesses dos proprietários dos prédios rústicos beneficiados pela água do Alqueva e os demais beneficiários, bem como daqueles «que directa ou indirectamente beneficiam da infra-estrutura do Alqueva a que são os utilizadores da água para fins agrícolas, industriais, abastecimento público ou geração de energia hidroeléctrica, os concelhos que estão na área do EFMA e que beneficiaram das novas estradas e pontes construídas, as agro-indústrias, que transformam as matérias-primas produzidas em Alqueva, o turismo, que se está a desenvolver à volta do grande lago, a preservação e melhoria ambiental, o combate às alterações climáticas e a defesa do património».

Segundo a APBA, «em apenas três anos após a sua conclusão [o EFMA] já está a regar 90.000 hectares, mais de 80% da área regada». Acresce a isto o investimento privado que tem sido realizado na região. «Os agricultores de Alqueva investiram, em média, 10.000 euros por hectare em sistemas de rega, nas plantações, na preparação dos solos, na electrificação, na mecanização, nas acessibilidades às explorações, em conhecimento e em consultoria. Toda essa dinâmica e iniciativa se traduziu num investimento privado de mais de mil milhões de euros, valor que aumenta consideravelmente se somarmos os investimentos em adegas, lagares e outras agro-indústrias.» Para a entidade, estes números «são a prova inequívoca de que serão os proprietários e os beneficiários do Alqueva, por direito próprio, os interlocutores privilegiados na gestão do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva».

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Email

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Notícias Recentes

1a
Ministério da Agricultura tem três secretários de Estado: Agricultura, Pescas e Florestas
kiwi
Webinar a 15 de Abril sobre inovação na colheita e conservação do kiwi
1a
Seminário Smart Farm a 11 de Abril em Lisboa sobre tecnologia e informação na agricultura

Notícias relacionadas

1a
Ministério da Agricultura tem três secretários de Estado: Agricultura, Pescas e Florestas
O Ministério da Agricultura e Pescas do XXIV Governo Constitucional conta com...
kiwi
Webinar a 15 de Abril sobre inovação na colheita e conservação do kiwi
No dia 15 de Abril, a partir das 10h30, o Núcleo de Investigação em Biotecnologia...
1a
Seminário Smart Farm a 11 de Abril em Lisboa sobre tecnologia e informação na agricultura
A CropLife Portugal – Associação da Indústria da Ciência para a Protecção das...
1
Publicada resolução que estabelece os planos de gestão das regiões hidrográficas
Foi publicada hoje, 3 de Abril, em Diário da República a Resolução do Conselho...