Num pedido de patente apresentado ao gabinete de patentes e marcas registadas dos Estados Unidos da América, a Monsanto, empresa estadunidense focada em agricultura e biotecnologia, revelou estar a trabalhar numa nova tecnologia que impede que rosas, cravos e petúnias murchem tão rapidamente.
A ideia da empresa é a aplicação de uma substância composta por moléculas de RNA (ácido ribonucleico), na superfície das plantas, que inibe o gene o EIN2 (associado ao envelhecimento) e, dessa forma, retardar a senescência das flores. A proposta faz parte de uma nova abordagem da empresa, chamada BioDirect, em que as moléculas encontradas na natureza são desenvolvidas e aplicadas na protecção de determinadas culturas.
Se a tecnologia funcionar e for integrada na cadeia de valor «vai satisfazer uma necessidade real na indústria florícola, que tem de lidar com uma cultura muito perecível», sublinha Hilary Rogers, cientista na Universidade de Cardiff, no Reino Unido. Actualmente, o sector florícola recorre a produtos químicos para retardar o processo de envelhecimento das flores.
De acordo com um relatório apresentado pelo Rabobank o sector florícola representava, em 2013, 20 mil milhões de dólares (cerca de 18 mil milhões de euros), com a Holanda, o Equador e a Colômbia a dominar as exportações.