Em 2023, os pagamentos aos sectores agroflorestal e das pescas efectuados pelo Ministério da Agricultura e da Alimentação – através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) – ascenderam a um total de 1,4 mil milhões de euros. Em comunicado, a entidade indica que, «no primeiro ano de implementação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC 23-27), realça-se o pagamento de mais de metade do montante do Pedido Único, estando o restante pagamento previsto para o início do próximo ano».
O Ministério assinala que, em 2023, foram transferidos 529,9 M€ no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Garantia (Feaga) e 490,3 M€ no contexto do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader), destacando ainda «o pagamento de mais de 170M€ de ajudas extraordinárias, grande parte oriundas de Orçamento do Estado». Segundo o Ministério, os valores pagos estimularam o aumento de produtividade registado em Portugal, de 9,9%, com a média da União Europeia a 27 a sofrer uma queda de 6,6%.
O Ministério sublinha que Portugal ficou no grupo de sete países onde houve crescimento da produtividade em 2023, ficando em terceiro lugar, atrás da Bélgica e de Espanha, e que o ano representou «o período de maior crescimento da produtividade associada ao trabalho agrícola, nos 27 Estados-Membros da União Europeia, de acordo com o Eurostat». A propósito destes dados, a ministra da Agricultura e Alimentação defende que esta é «a demonstração da capacidade de resposta e adaptação por parte do Ministério aos desafios que fomos enfrentando, nomeadamente a implementação da nova PAC, mas também do meritório trabalho dos nossos agricultores e pescadores, que, perante um ano tão desafiante, sempre se motivaram e trabalharam pelo bem comum».
«A aplicação das políticas públicas nos sectores da agricultura e das pescas continua a ter especial relevância e impacto, como demonstram os dados do crescimento da produtividade do trabalho agrícola em Portugal», referiu Maria do Céu Antunes, acrescentando que 2024 «vai exigir ainda mais de ambos os sectores». «A instabilidade geopolítica não pára de nos surpreender. Contudo, com a confiança e perseverança dos nossos agricultores e pescadores, juntos conseguiremos, certamente, ultrapassar novos e velhos, desafios, conscientes de que não deixaremos ninguém para trás», comenta a ministra.