Em 2020, a cadeia de retalho Mercadona, que opera em Espanha e em Portugal, obteve uma facturação total de 26.932 milhões de euros, um aumento de 5,5% em comparação com o ano anterior. No ano passado, obteve um lucro líquido de 727 M€ – o que representa um incremento de 17% face ao ano transacto, após ter pago 409 M€ aos funcionários a título de prémios por objectivos e ter pago 364 M€ em impostos – e criou um total de 5.000 postos de trabalho em 2020, atingindo assim um total de 95.000 funcionários – todos com contrato sem termo, sublinha a empresa.
Quanto a Portugal, em 2020 a Mercadona obteve uma facturação de 186 M€, realizou um investimento de 113 M€, abriu 10 lojas (perfazendo um total de 20 lojas no País), criou 800 novos empregos (totalizando assim 1.700 colaboradores) e pagou 32 milhões de euros em impostos (através da empresa Irmãdona Supermercados, sediada em Vila Nova de Gaia). A empresa prevê, em 2021, investir 150 M€ para «dar continuidade ao seu projecto de expansão em Portugal», abrir mais nove lojas no País e recrutar 500 pessoas, «sempre com contrato efectivo desde o primeiro dia».
A Mercadona afirma que estes resultados são «um claro indicador da determinação com que está a levar a cabo a brutal transformação em que se encontra imersa para impulsionar um modelo de empresa mais digital, produtivo e sustentável», e sublinha que, em 2020, para «acelerar esta alteração decisiva», levou a cabo um investimento de mais de 1.500 M€, suportado por recursos próprios e que se enquadra no seu plano estratégico 2018-2023. A empresa finalizou o ano passado com 1.641 supermercados – após abrir 70 supermercados e fechar 65 lojas «que não se ajustavam ao seu novo modelo mais eficiente e sustentável» –, dos quais 1.000 adaptados ao “Novo Modelo de Loja Eficiente (Loja 8)” e 650 já com a nova secção “Pronto a Comer” (20 delas em Portugal).
A Mercadona salienta também, em 2020, a adaptação feita às condicionantes causadas pela pandemia, o investimento na transformação digital e na sustentabilidade, a ampliação das linhas de confirming no valor de 2.100 M€ com várias entidades bancárias (para «proporcionar maior liquidez aos fornecedores») e a doação de 17.000 toneladas de produtos a cantinas sociais, bancos alimentares e outras instituições de solidariedade (1.200 distribuídas em Portugal). Em 2021, em termos gerais, a empresa prevê investir 1.500 M€ para continuar a impulsionar o seu plano de transformação 2018-2023 – destinados à abertura de 97 novos supermercados, à remodelação de 88 supermercados para os adequar ao “Novo Modelo de Loja Eficiente (Loja 8)”, à implantação da nova secção “Pronto a Comer” em 200 supermercados, a optimizar a sua rede logística (com a remodelação e inauguração de novos blocos logísticos), à transformação digital e a reforçar o modelo online – e criar mais de 1.600 postos de trabalho.
«Foi um ano duro, raro e difícil, que nos permitiu reafirmar que a verdadeira força da transformação da empresa são as pessoas que formam este projecto. Todos fomos capazes, apesar dos momentos de incerteza, de vencer os nossos medos, tomar decisões corajosas e trabalhar em equipa para abrir os mais de 1.600 supermercados da empresa todos os dias. É nos momentos excepcionais que surgem as pessoas excepcionais. O esforço pessoal e a capacidade de superação das 95.000 pessoas que formam a nossa equipa, dos 3.000 fornecedores e dos seus colaboradores são uma referência e um exemplo para a sociedade», diz o presidente da Mercadona. Juan Roig realça ainda que «2021 e 2022 vão ser anos muito difíceis e, embora existam muitas incertezas, existe mais vontade de continuar a superá-las. Por isso, o nosso compromisso, do qual me sinto orgulhoso, é continuar a dar o melhor de cada um de nós sem esperar que ninguém nos peça nada, convencido de que se os 95.000 remarmos como sabemos, alcançaremos aquilo a que nos propusermos».
