Marca Cereais do Alentejo deverá gerar 2,5 M€ de volume de negócios até 2021

A Associação Nacional de Produtores de Oleaginosas e Cereais (Anpoc) lançou oficialmente a 31 de Maio a marca institucional Cereais do Alentejo. A associação sem fins lucrativos prevê que esta marca de cereais não processados e 100% nacional vá gerar, para os produtores abrangidos, «um volume de negócios no valor de 2,5 milhões de euros no período de dois anos, ao envolver cerca de 10.000 toneladas de cereais».

Abrangendo uma área cultivada de mais de 3.300 hectares, a marca Cereais do Alentejo é constituída por cinco organizações de produtores associadas da Anpoc: Cersul – Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, Cooperativa Agrícola de Beringel, GlobAlqueva e Procereais. Para a Anpoc, esta marca assume «um papel agregador na fileira dos cereais» e «pretende contribuir para o desenvolvimento económico e social do País, através da redução da dependência alimentar externa e da consolidação e do aumento das áreas de produção».

A Anpoc já estabeleceu vários acordos no âmbito da nova marca, que foi lançada em Santo Aleixo, no concelho de Monforte, por ocasião do 20.º aniversário do Clube Português dos Cereais de Qualidade. Por um lado, celebrou já «um contrato com a Germen, uma das maiores empresas de moagem de cereais em Portugal, e com a Sonae, para a comercialização de produtos produzidos com cereais do Alentejo». Por outro lado, assinou «um protocolo com a Cerealis e a Auchan, também para a comercialização, e uma parceria com a Cerealis, para a produção das massas com o selo Cereais do Alentejo (edição limitada)».

A propósito do lançamento da nova marca, José Pereira Palha, presidente da Anpoc, explica que esta «surge na sequência do lançamento da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais em Portugal, coordenada pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral [GPP] e na qual a Anpoc teve intervenção, mas também num contexto em que a segurança alimentar e a saúde pública têm vindo a tornar cada vez mais exigentes normas que garantam a proveniência dos produtos agroalimentares». No âmbito deste contexto, «o factor portugalidade e o reconhecimento do valor dos nossos produtos têm um peso importante», acrescenta.

O presidente da Anpoc realça ainda a necessidade de aumentar a produção nacional de cerais. «Nos últimos 30 anos, a área de produção em Portugal baixou de 900.000 hectares para cerca de 200.000. Há que inverter esta tendência e tornar o sector mais atractivo. Ao criar uma marca única, que une produtores, investigação e indústria dos cereais, estamos a dar o primeiro passo».

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