A Spodoptera frugiperda, nome científico para a lagarta-militar, foi detectada em explorações agrícolas no continente africano (Gana e Malaui) e está a alastrar-se «rapidamente».
Investigadores do Centro Internacional para a Agricultura e Biociências (CABI, na sigla inglesa), no Reino Unido, dizem que, nos próximos anos, a praga pode chegar à Ásia tropical e aos países mediterrânicos, «tornando-se uma grande ameaça para a agricultura mundial.
A lagarta-militar ataca a cultura do milho, destruindo plantas jovens ao afundar-se nas espigas que se estão a desenvolver. Apesar desta preferência, sabe-se que pode consumir mais de 100 espécies de plantas diferentes, como o tomate, a batata, a cebola ou a couve.
«Esta destruição pode provocar perdas devastadoras e resultar no endividamento dos agricultores nesta área», diz o CABI.
Matthew Cock, cientista chefe no CABI, declarou que «esta é a primeira vez que se demonstrou que ambas as espécies ou estirpes estão estabelecidas na África continental. Na sequência de relatórios anteriores da Nigéria, Togo e Benin, isso mostra que se estão claramente a espalhar muito rápido. Espera-se que a lagarta-militar se alastre para os limites do habitat africano adequado dentro de alguns anos».