O uso sustentável de produtos fitofarmacêuticos foi o tema de uma jornada formativa organizada pela Borrego Leonor & Irmão e pela sua representada Bayer. O evento realizou-se a 19 de Fevereiro, na Adega Cooperativa de Almeirim, e contou com cerca de 100 sócios desta entidade – que engarrafa por ano 12 milhões de litros de vinho, produzidos a partir de uvas entregues por cerca de 200 sócios, que detêm 1.500 hectares de vinha.
Em comunicado, explica-se que «a mensagem central da formação consistiu na importância da adopção de uma estratégia preventiva de protecção da vinha contra pragas e doenças». Nesse sentido, Avelino Balsinhas, responsável da Bayer para as culturas da vinha e olival na Península Ibérica, afirmou que «é importante que os produtos tenham uma acção preventiva e curativa, mas não devem ser usados numa estratégia exclusivamente curativa». Acresce a isto que «os riscos das estratégias exclusivamente curativas – ou seja, de aplicar os produtos quando as doenças já estão instaladas na cultura – são: perda de produtividade e de qualidade das uvas, menor intervalo entre tratamentos, risco de aparecimento de resistências às substâncias activas utilizadas.
No evento, a Bayer anunciou que está a preparar o lançamento em Portugal do serviço Movida, que já está em funcionamento em França e que visa «ajudar os viticultores a posicionar os tratamentos da vinha no momento exacto, considerando as condições do clima e o risco de aparecimento das doenças». Segundo Avelino Balsinhas, «a gestão da protecção da vinha com o Movida responde aos desafios de uma viticultura sustentável, com menos tratamentos e maior precisão na aplicação dos produtos.»
A empresa refere que este serviço «avalia o risco de aparecimento do míldio e do oídio, tendo em conta: dados de estações meteorológicas instaladas nas principais regiões vitivinícolas; um modelo epidemiológico do míldio e do oídio; um modelo de crescimento da vinha e uma base de dados de produtos fitofarmacêuticos Bayer. Logo que exista um risco de aparecimento de uma destas doenças, o viticultor poderá receber um alerta no seu telemóvel com uma recomendação de plano de tratamentos». Avelino Balsinhas indicou que este serviço também está a ser desenvolvido para gestão da botrytis e, «futuramente, irá mais além, aconselhando a dose de fungicida a aplicar em função do volume foliar da vinha e do risco da doença».
A Borrego Leonor & Irmão sublinhou que «está alinhada com esta estratégia de inovação e sustentabilidade preconizada pela Bayer» e que é sua parceira nesta oferta de serviços. «No futuro iremos ser inovadores na agricultura digital, onde podemos contar com os melhores serviços internacionais e nacionais dos nossos parceiros tecnológicos e comerciais», revelou Paula Borrego.